A acne é uma das dermatoses crônicas mais comuns nos consultórios de dermatologia. Ocorre quando os folículos pilosos são obstruídos por sebo e células mortas, o que leva ao aumento da colonização bacteriana pelo Propionibacterium acnes.

Este processo gera inflamação com formação de pústulas, nódulos e cistos. Acomete aproximadamente de 80% a 90% da população jovem brasileira entre 13 e 18 anos. Sendo um pouco mais prevalente nas mulheres do que nos homens, apesar de nos homens ser mais grave. Existe uma entidade chamada “acne da mulher adulta”, que acomete mulheres na faixa de 20 a 40 anos, que apresenta algumas características específicas, tais como lesões mais localizadas na região do queixo e pescoço e surtos perto da menstruação.

Neste caso, precisamos de uma avaliação mais específica. Se não tratada corretamente, a acne pode evoluir com cicatrizes inestéticas. O tratamento depende da gravidade. O ideal é uma terapia combinada com medicamentos tópicos e, se necessário, orais, e procedimentos estéticos como limpeza de pele, peelings e laser. As cicatrizes de acne podem ser distensíveis quando melhoram com estiramento da pele, ou não distensíveis, conhecidas como “ice peak”. O tratamento deve ser individualizado de acordo com o tipo de cicatriz e pode ser realizado com laser, microagulhamento, preenchimento com ácido hialurônico e subcisões (procedimento cirúrgico que rompe as traves fibróticas). A combinação dos tratamentos propicia excelentes resultados, com elevação das áreas deprimidas e melhora da textura da pele.